quinta-feira, 25 de novembro de 2010
O Cosmos
Marina Abramovic - Existem muitos centros de performance no mundo e a especificidade do meu serão trabalhos de longa duração, porque eu realmente acredito que apenas esse trabalhos têm a capacidade de mudar o artista ou quem o observa. Se você faz uma ação de uma hora, você ainda está atuando, mas depois de seis horas, tudo desmorona, torna-se verdade essencial. E para mim, esse tipo de verdade é muito importante. Posso dar um exemplo muito simples: pegue uma porta e abra ela constantemente, sem entrar ou sair. Se você faz isso por três, cinco minutos, isso não é nada. Mas se você faz isso por três horas, essa porta não é mais uma porta, ela é um espaço, o Cosmos, se transforma em outra coisa, é transcendente. Em todas as culturas arcaicas, rituais e cerimônias eram repetidas sempre da mesma forma e existe um tipo de energia que fica alocada nessa repetição que afeta também o público. Isso só se consegue em performances de longa duração.
Folha Online - Esse seu raciocínio me faz lembrar que muitos dos artefatos usados por essas antigas civilizações eram apenas utensílios ritualísticos, religiosos, mas agora são denominados artísticos...
Acho que isso é um grande equívoco, porque acredito que o grande princípio da arte é que ela é uma ferramenta. Se arte é algo que só trata de um objeto, ela perde sua função. A arte tem que ser uma ferramenta para conectar ou questionar ou criar consciência no público, como qualquer outra coisa. Há uma ótima entrevista de André Malraux, quando ele era ministro da Cultura, na França, com Picasso, acho que nos anos 1950. Ele perguntou a Picasso porque ele tinha tantas máscaras africanas e ele respondeu que as máscaras eram muito importantes porque elas eram a chave, a ferramenta para os humanos se comunicarem com as forças divinas, com os espíritos, o desconhecido; e ele queria aprender a fazer o mesmo com suas pinturas. Eu acredito que a performance também é uma ferramenta, e por isso os objetos, eles mesmos, não tenham valor. Quem tem valor é o processo e quando você passa por uma experiência, existe a transformação. Então a arte está completa.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Hell's Gate
DA FRANCE PRESSE
EM VERSAILLES
Onze pessoas pularam pela janela de um apartamento em Versailles, subúrbio de Paris, após acreditarem ter visto o diabo, em um incidente ocorrido neste sábado e que terminou com a morte de um bebê de quatro meses, informou a polícia.
O pânico tomou conta dos moradores do apartamento, no segundo andar de um prédio, quando um homem sonolento que andava nu pela casa foi confundido com o diabo. O incidente ocorreu de madrugada, e ao que parece, o homem levantou para alimentar o filho que chorava na cama.
"Treze pessoas estavam no apartamento do segundo andar e por volta das três da manhã um dos ocupantes ouviu o filho chorar", explicou à AFP Odile Faivre, da promotoria de Versailles. "O homem em questão, de origem africana, se levantou para alimentar o filho e como estava totalmente nu, foi confundido com o diabo".
"O grupo atacou o homem e o feriu com uma facada na mão, antes de expulsá-lo do apartamento, mas ele tentou voltar e foi aí, que tomados pelo pânico, pularam pela janela", revelou Faivre.
No incidente, um bebê de quatro meses morreu e outras sete pessoas sofreram traumatismos múltiplos.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Artigo sobre hipertexto e o trabalho da Cia. Espaço em BRANCO que será apresentado no próximo congresso da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas
Ângela Francisca Almeida de Oliveira
Mestre em Artes Cênicas - PPGAC/UFRGS
GT Teorias do espetáculo e da recepção
Comunicação oral
domingo, 17 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Corrida pelo prêmio
Two scientists were racing
For the good of all mankind
Both of them side by side
So determined
Locked in heated battle
For the cure that is their prize
But it's so dangerous
But they're determined
Theirs is to win
If it kills them
They're just humans
With wives and children
Upwards to the vanguard
Where the pressure is too high
Under the microscope
Hope against hope
Forging for the future
But to sacrifice their lives
Both of them side by side
So determined
Theirs is to win
If it kills them
They're just humans
With wives and children
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O povo que ainda não existe
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Comentário escrito por Luciano Alabarse no jornal "Usina do Porto"
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Esclarecendo publicamente o posicionamento da Cia. Espaço em BRANCO
São elas:
BrasKEM dois: COmentário do Gilberto Fonseca
Em Cena 2010
Sobre o Prêmio BRASKEM : COmentário do Modesto Fortuna (Roberto Oliveira)
BRASKEN DE MELHOR ATRIZ
Publicado em SOLOS TRáGICOS
sábado, 9 de outubro de 2010
"O que significa?"
"A interpretação, baseada na teoria extremamanete duvidosa de que uma obra de arte é composta de elementos de conteúdo, constitui uma violação da arte. Torna a arte um artigo de uso, a ser encaixado num esquema mental de categorias."
"Quando reduzimos a obra de arte ao seu conteúdo e depois interpretamos isto, domamos a obra de arte. A interpretação torna a obra de arte maleável, dócil."
"De fato, não estou dizendo que as obras de arte são inexprimíveis, que não podem ser descritas ou interpretadas. Podem sê-lo. A questão é como."
"Em uma cultura como a nossa, baseada no excesso, na superprodução; a consequência é uma perda constante de acuidade da nossa experiência sensorial. Todas as condições da vida moderna - sua plenitude material, sua simples aglomeração - combinam-se para embotar nossas faculdades sensoriais." (Susan Sontag)
Isto não é um cachimbo
"Apreende-se o privilégio da similitude sobre a semelhança: esta faz reconhecer o que está muito visível; a similitude faz ver aquilo que os objetos reconhecíveis, as silhuetas familiares escondem, impedem de ver, tornam invisíveis [...]. A semelhança comporta uma única asserção, sempre a mesma: isto, aquilo, aquilo ainda, é tal coisa. A similitude multiplica as afirmações diferentes, que dançam juntas, apoiando-se e caindo umas em cima das outras." (Michel Foucault)
Conteporaneidade ignorante
"Arte: no mercado atual, a criatividade vale menos do que a ousadia comercial de artistas, marchands e colecionadores. As vendas milionárias são apresentadas como 'gestos de arte conceitual'. O mercado da arte mudou, está mais volúvel e, convenhamos, mais ignorante. Hoje há menos gente interessada em quadros do século XVI do que em trabalhos contemporâneos." (Mario Mendes/Veja)
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Outro comentário do público enviado para mim:
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Comentário sobre o Homem enviado para o meu email pessoal:
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Automatização x desautomatização
"Creio que caminhamos aqui na mesma direção de combate ao clichê, aquele tipo de agenciamento das imagens e sons que induz a uma leitura pragmática geradora de reconhecimentos do já dado e do que não traz informação nova, ou seja, do combate àquela forma de experiência na qual não se vê efetivamente a imagem e não se percebe a experiência, ou, se quisermos, não se captura o que acontece na imagem, pois a mobilização de protocolos de leitura já automatizados define a priori 'do que se trata' quando olhamos a imagem ou seguimos a narrativa. Para mim, o que vale – estética, cultural e politicamente – é a relação com a imagem (e a narrativa) que não compõe de imediato a certeza sobre este 'do que se trata' e lança o desafio para explorar terrenos não-codificados da experiência. Tanto melhor se o próprio filme se estrutura para impedir o conforto de reconhecimento do mesmo, de confirmação do que se supõe saber. O modernismo nos legou este imperativo de desautomatização da percepção e de ampliação de repertório como tarefa da arte, recuperação de uma sensibilidade amortecida pelo investimento prático em que o cotidiano se faz o lugar do hábito, da percepção que está instrumentada por uma interação com o mundo marcada pelo cumprimento de certas finalidades, das mesmas finalidades a cada novo dia. Nesse terreno, seria ilusório supor que a relação produtiva e enriquecedora com as imagens e narrativas desconcertantes se apoie na força exclusiva de um saber das formas e de um repertório analítico que nos capacite a uma recepção 'adequada', pois aqui, como em outros terrenos, quase tudo depende da postura, de uma disponibilidade, de uma forma de interagir com as imagens (e narrativas), que têm a ver com todas as dimensões da nossa formação pessoal e inserção social. A recepção deve ser um acontecimento (original) não-redutível a esta ideia de que o 'especialista' (sabedor de códigos) detém a chave para ler os filmes da forma mais competente." (Ismail Xavier)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Em trânsito - Em cartaz!
EM TRÂNSITO
15/09/2010 - 12:30 e 19:30
22/09/2010 - 12:30 e 19:30
29/09/2010 - 12:30 e 19:30
Ficha Técnica:
Direção: Sissi Venturin
Elenco: Lisandro Bellotto
Dramaturgia e vídeos: João de Ricardo
Iluminação: Mariana Terra
Orientação: Leonor Mello e Jezebel de Carli
Fotos: Bruno Goularte Barreto
Duração: 55min
ENTRADA FRANCA
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Outro João: o Águas. (John Waters) - Dramaturgia FINA:
Gator: They’re all pretty nice.
Ida: I mean any nice queer boys— do you fool with any of them?
Gator: Aunt Ida, you know I dig women.
Ida: Oh, don’t tell me that...
Gator: Christ, let’s not go through this again...
Ida: All those beauticians, and you don’t have any boy dates?
Gator: I don’t want any boy dates!
Ida: Oh, honey, I’d be so happy if you turned nellie...
Gator: Ain’t no way; I’m straight. I like a lot of queers, but I don’t dig their equipment, you know? I like women!
Ida: But you could change! Queers are just better. I’d be so happy if you was a fag, and had a nice beautician boyfriend... I’d never have to worry.
Gator: There ain’t nothing to worry about.
Ida: I worry that you’ll work in an office! Have children! Celebrate wedding anniversaries! The world of heterosexual is a sick and boring life!
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Musa de inspiração: Edith Massey. Sou seu Fan.
GOING NOWHERE REAL FAST! HEY PUNKS GET OFF THE GRASS!
domingo, 5 de setembro de 2010
quando eu penso em desaparecer eu me torno mais visível from joaodericardo on Vimeo.
www.joaodericardo.blogspot.com
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Estréia HOJE!
Criado por JdR & Imbloc
01 de setembro de 2010 - 20h
02 de setembro de 2010 - 19:30
Teatro do Sesc Caxias do Sul - Entrada Franca
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
JDR entrevistado por Vanessa Melissa: TCC - UFRGS
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Tadeusz Kantor. (quem eu escolho ouvir)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
JdR
Mais um Homem
Autobiográfico?
A crítica
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Sobre o Entendimento: LAERTE
Acho que devo voltar a esse assunto.
Algumas pessoas afirmam não entender certas tiras - selecionei esta aí em cima porque foi uma campeã de reclamações.
Tiras, assim como esfihas, podem ser abertas ou fechadas - segundo o Umberto Eco, que estabeleceu este modelo, tão mais abertas serão quanto mais possibilidades de leitura oferecerem, e tão mais fechadas quanto mais estrito for o campo de interpretação.
Na minha produção, tem de tudo, com vários índices de abertura.
Nestas "de almanaque", em especial, tive uma intenção mais ou menos clara, que alcança seu éxito (na leitura) conforme os códigos de quem lê são parecidos com os meus, que as fiz.
Exemplo é a do surfista (ver em almanaque 02), onde o "papai, no vaca" precisa da informação sobre o adesivo que alguns motoristas usam, com fotos dos filhos e de S. Cristóvão, e a frase "papai, não corra" - além da informação sobre o "no vaca", jargão de surf para não cair da prancha.
Sem essa conexão de repertório, algumas piadas "se perdem".
Outras vezes, essa perda acontece por imperícia minha, mesmo.
A do boliche requer mais clareza sobre o que acontece.
A bola é atingida por um míssil, que é disparado pelos pinos no caça, patrulheiros e defensores dos pinos em terra etc.
Agora já foi, acho que não vou reformar a tira.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Qual a diferença entre dormir e meditar?
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Quem eu escolho ouvir sempre e sempre:
sábado, 31 de julho de 2010
ANATOMIA DA BONECA
Anatomia da Boneca - teaser 1 from joaodericardo on Vimeo.
ANATOMIA DA BONECA
estréia 01 de setembro de 2010
no CAXIAS EM CENA
Direção João de Ricardo
Performance Andressa Cantergiani
"a must see"
terça-feira, 27 de julho de 2010
Dramaturgia:
Time to die.
sábado, 24 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Quem eu escolho ouvir III
"Sempre que começo o Butoh, sinto uma hesitação, por não saber por onde começar.
Mesmo quando pensamos sobre o que é "viver", vemos que normalmente o Butoh se preocessa num inter-relacionamento de duas atitudes, aparentemente opostas, que coexistem: a humanitarista, baseada em amor profundo e altos ideais; a realista, fundamentada nos desejos e necessidades mais diretas. Penso que o Butoh não teria existência própria, se o separássemos do ato de viver. Mas, por mais que se diga isso, não consigo deixar de hesitar todas as vezes que deparo com a questão: por onde começar? Começo sem sentir que essa hesitação significaria negar, sob um aspecto, o viver. Só posso concluir que é exatamente nesse processo denso da vida e nas situações de hesitação está o real começar do Butoh.
O Butoh começa nos movimentos cotidianos do corpo. Quando aparece alguém querendo fazer Butoh, sempre digo que isso levaria pelo menos cinco anos. Durante esse período, o aprendizado se realiza embasado não se sabe se na constante conscientização da análise e síntese dos movimentos do próprio corpo ou se no aprofundamento do conhecimento sobre o processo de viver, se em nenhum dos dois ou em ambos.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Para ouvir
Knowledge won't rescue me now,
Experience won't rescue me now,
Money won't rescue me now,
Armies won't rescue me now,
Nature won't rescue me now,
Jesus can't rescue me now,
Mother won't rescue me now.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Parcerias Líquidas: Laurie Anderson e Philip Glass
- FORGETTING
Lyrics by Laurie Anderson
A man wakes up to the sound of rain
From a dream about his lovers
Who pass through his room.
They brush lightly by, these lovers.
They pass. Never touching.
These passing lovers move through his room.
The man is awake now
He can't get to sleep again.
So he repeats these words
Over and over again:
Bravery. Kindness. Clarity.
Honesty. Compassion. Generosity.
Bravery. Honesty. Dignity.
Clarity. Kindness. Compassion.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Nova Dramaturgia II
* Satan Goss: "Meu filho"
* MacGaren: "Sim meu pai"
* Satan Goss: "Nós fomos lançados do inferno e nascemos duma energia negativa. Somos um corpo vivo num grau muito elevado"
* MacGaren: "Eu me sinto muito orgulhoso disso, afinal esse Universo não foi feito só para vidas provindas do carbono"
* Satan Goss: "Isso mesmo filho, nós somos um novo ser. Somos seres mutantes!!!!"
* MacGaren: "Seres mutantes?"
* Satan Goss: "Temos o direito de viver nesse planeta maravilhoso. No Império dos Monstros, onde todos os monstros viverão tranquilamente"
* MacGaren: "Vejo que o senhor pretende escrever nesse planeta a história dos seres mutantes"
* Satan Goss: "Falta só mais um pouco para realizar este meu grande sonho. Entrego minha vida na realização desse sonho"
* MacGaren: "É um lindo sonho"
* Satan Goss: "Vou transformar este planeta numa selva e destruir pela raiz a civilização e a sociedade humana!!!!"
* MacGaren: "Então vou arrancar a pele daquele cara miserável!!!!"
* Satan Goss: "Jaspion!!!!!!!!!!! Venha filho, logo você se transformará em Satan Goss, e depois num poderoso Satan Goss e finalmente, num invencível rei"
* MacGaren: "Ele não passa de ser humano. Eu sou um ser mutante"
* Satan Goss e MacGaren: "Huhuhahahahahaha!!!!!!!!!. Hahahahahahahahaha!!!!!!!!!!"
* Kilmaza: "Senhor MacGaren, vamos à nossa missão!!!!"
* MacGaren: "Até mais meu pai"
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Moldura mental:
tá acabando minha bateria
nuvens rosasuladas correm lentas em direção à câmera
bipe sincopado do portão eletrônico
nuvens verdesinzentas raspam a ponteira da torre
2
no congestionamento
o atropelamento impossível da sacola de supermercado
quem eu escolho ouvir II
Lygia Clark
terça-feira, 6 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
ecografia no testículo
mãos de ivonete cobertas de feridas negras
menino é retirado do carro e posto numa cadeira de rodas
rostinho indecifrável de adolescente num corpo de boneco
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Quem eu escolho ouvir:
Artaud
terça-feira, 22 de junho de 2010
17 POA EM CENA ESTAMOS!!!!!!!!!!!!
Confira os selecionados:
- Dentrofora (teatro), de Carlos Ramiro Fensterseifer (na foto acima, a atriz Liane Venturella)
- Dar Carne à Memória (dança), de Mônica Dantas e Eva Schul
- Elefantilt (teatro), de Humberto Vieira
- Milkshakespeare (teatro), de Camilo de Lélis
- My House (dança), de Marco Rodrigues
- O Avarento (teatro), de Gilberto Fonseca
- Homem que Não Vive da Glória do Passado (teatro), de João de Ricardo, Cia. Espaco em BRANCO
- O Gordo e o Magro Vão para o Céu (teatro), de Nelson Diniz e Liane Venturella
- Play-Beckett (dança e teatro), de Alexandre Dill e Igor Pretto
- Solos Trágicos (teatro), de Roberto Oliveira
segunda-feira, 7 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
A Redenção da Dramaturgia:
Hey seu bunda-mole!
Falou comigo?
Não gracinha, falei com a Puta que te pariu;
Ainda bem, até um outro dia...
(segue)
terça-feira, 1 de junho de 2010
No site do globo. morre kazuo
Por sua importância, Kazuo Ohno recebeu diversas homenagens na cultura pop. No ano passado, a banda Antony and the Johnsons lançou o álbum "The crying light" cuja capa é estampada por uma dramática foto de Ohno em ação. A arte do dançarino também serviu de inspiração para Antunes Filho criar a peça "Foi Carmen", como parte das homenagens ao centenário do mestre japonês.
Seu encontro com Tatsumi Hijikata - fundador do butô -e as influências da dança moderna levaram Ohno a popularizar o estilo, caracterizado por pinturas corporais e faciais e movimentos lentos. O butô é uma dança em que bu (mãos) e toh (pés) trabalham ora em conjunto ora de forma independente. Minimalista, Ohno sempre se apresentava vestido de mulher. Entre seus trabalhos mais famosos estão os espetáculos "Dead Sea", "Ka Cho Fu Getsu", "My Mother" e "Water Lilies".
Nascido na ilha de Hokkaido em 1906, Ohno entrou para o estúdio de dança comandado por Baku Ishii em 1933. Depois de uma pausa de nove anos nas atividades durante a Segunda Guerra Mundial, em que serviu na China e na Nova Guiné e foi prisioneiro de guerra, Ohno fez sua primeira apresentação na capital japonesa em 1949, aos 43 anos.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Pós
"O adjetivo 'pós-dramático' designa um teatro que se vê impelido a operar para além do drama, em um tempo 'após' a configuração do paradigma do drama no teatro. Ele não quer dizer negação abstrata, mero desvio do olhar em relação à tradição do drama. 'Após' o drama significa que este continua a existir como estrutura - mesmo que enfraquecida, falida - do teatro 'normal': como expectativa de grande parte do seu público, como fundamento de muitos de seus modos de representar, como norma quase automática de sua drama-turgia. [Heiner] Müller qualificou seu texto pós-dramático Descrição de imagem (Bildbeschreibung) como uma 'paisagem para além da morte' e como 'explosão de uma lembrança numa estrutura dramática moribunda'. Pode-se então descrever assim o teatro pós-dramático: os membros ou ramos do organismo dramático, embora como um material morto, ainda estão presentes e constituem o espaço de uma lembrança 'em irrupção'. Também o prefixo 'pós' no termo 'pós-moderno', no qual é mais do que uma mera senha, indica que uma cultura ou prática artística saiu do horizonte do moderno, antes obviamente válido, mas ainda tem algum tipo de relação com ele de negação, contestação, libertação ou talvez apenas de divergência, com o reconhecimento lúdico de que algo é possível para além desse horizonte. Assim, pode-se justamente falar de um teatro pós-brechtiano que, em vez de não ter nada em comum com Brecht, tem consciência de que é marcado pelas reinvindicações e questões sedimentadas na obra de Brecht mas não pode mais aceitar as respostas dadas por Brecht. Portanto, 'teatro pós-dramático' supõe a presença, a readmissão e a continuidade das velhas estéticas, incluindo aquelas que já tinham dispensado a ideia dramática no plano do texto ou do teatro. A arte simplesmente não pode se desenvolver sem estabelecer relações com formas anteriores. O que está em questão é apenas o nível, a consciência, o caráter explícito e o tipo específico dessa relação. Da mesma maneira, é preciso distinguir entre a retomada do anterior no novo e a (falsa) aparência de validade contínua ou necessidade das 'normas' tradicionais." (LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático.)