quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Comentário sobre o Homem enviado para o meu email pessoal:

Acabo de chegar em minha casa, colocar meu cachorro em frente ao espelho e abrir o computador.
Quando o abro, bem no meio de um “Espaço em Branco”, existe um símbolo que faz com que tudo entre em sintonia.
Isso me leva a pensar, que no meio de um palco, tomado por fios, ajudantes e projeções. Está esse cara, esse tal de “Homem que Não Vive da Glória do Passado”.
Uma figura já conhecida, porém nunca exposta de tal maneira, uma figura que antes, compartilhava espaço com os demais, mas que agora é o centro, é o simbolo.
Poderia citar, varias partes poéticas e inusitadas do espetaculo, no entanto... Essas partes você conhece melhor do que eu.
Vou dar destaque a uma parte em especial.
O rito final, acompanhado com a musica “Se essa rua fosse minha”.
Para mim, tem um significado maior. Minha mãe, cantava essa musica, quando eu era pequeno.
Re-escutar a musica na tua peça, foi a melhor coisa, entre todas as outras coisas boas que fazem parte do espetáculo.
Você diz: Por favor! E então, sobe ao tal “Espaço em Branco”, uma mulher e um homem. A partir deste momento, a peça se transforma em uma representação distorcida da minha própria memória. Sem mesmo saber da sua existência.
Aquela família, sentada no sofá, aquela música tocando, a pipoca sendo feita e por final o João apagando as luzes. A cena, acima de tudo é uma desconstrução do núcleo familiar.
Tudo isso é muito bonito. Para mim é o ponto alto do espetáculo.
Parabéns, pelo ótimo trabalho. Adoro a Cia. Espero que continuem assim, inovando dentro da sua própria linguagem, onde em cada peça, a performance e a interação com o público, é feita de uma maneira peculiar.
Gosto do jeito em que no espetáculo, você consegue fazer uma caricatura de si mesmo.
Cada espetaculo da companhia é uma inquietação ou sensibilização através de meios diferentes.

Abraço e parabéns.

Bernardo Vieira

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