tag:blogger.com,1999:blog-51625277699345030892024-03-12T16:31:57.797-07:00Homem que Não Vive da Glória do PassadoBruno Gularte Barretohttp://www.blogger.com/profile/08080528463195604364noreply@blogger.comBlogger424125tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-33482796896631404362011-02-01T16:27:00.001-08:002011-02-01T16:27:31.008-08:00<iframe allowfullscreen="" class="youtube-player" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/2oUQfz0RD2U" title="YouTube video player" type="text/html" width="480"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-49945156705577652252011-01-24T20:44:00.001-08:002011-01-24T20:44:56.726-08:00anel de fogo<iframe allowfullscreen="" class="youtube-player" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/gRlj5vjp3Ko" title="YouTube video player" type="text/html" width="480"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-21171123412791679922011-01-16T10:47:00.001-08:002011-01-16T10:47:18.908-08:00John<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/oLaJ5nfgQ20?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/oLaJ5nfgQ20?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-32395932692881881822011-01-13T18:28:00.001-08:002011-01-13T18:28:44.792-08:00Estimo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TS-0zTbPwdI/AAAAAAAAD94/z7JZUa_AI1w/s1600/ze-celso-e-mojica-marins.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="420" src="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TS-0zTbPwdI/AAAAAAAAD94/z7JZUa_AI1w/s640/ze-celso-e-mojica-marins.jpg" width="640" /></a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-15432475168410381632011-01-12T18:22:00.001-08:002011-01-12T18:22:12.356-08:00<iframe frameborder="0" height="221" src="http://player.vimeo.com/video/18646881?title=0&byline=0&portrait=0" width="398"></iframe>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-67181796381946774362010-11-25T13:20:00.000-08:002010-11-25T13:21:14.181-08:00O Cosmos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TO7S8IW9zNI/AAAAAAAADAc/fzWrrkkXs0g/s1600/Abramovic_Performance_Art_Lips_of_Thomas.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 331px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TO7S8IW9zNI/AAAAAAAADAc/fzWrrkkXs0g/s400/Abramovic_Performance_Art_Lips_of_Thomas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5543600121817451730" /></a><br /><br /><span style="font-weight:bold;">Marina Abramovic - </span>Existem muitos centros de performance no mundo e a especificidade do meu serão trabalhos de longa duração, porque eu realmente acredito que apenas esse trabalhos têm a capacidade de mudar o artista ou quem o observa. Se você faz uma ação de uma hora, você ainda está atuando, mas depois de seis horas, tudo desmorona, torna-se verdade essencial. E para mim, esse tipo de verdade é muito importante. Posso dar um exemplo muito simples: pegue uma porta e abra ela constantemente, sem entrar ou sair. Se você faz isso por três, cinco minutos, isso não é nada. Mas se você faz isso por três horas, essa porta não é mais uma porta, ela é um espaço, o Cosmos, se transforma em outra coisa, é transcendente. Em todas as culturas arcaicas, rituais e cerimônias eram repetidas sempre da mesma forma e existe um tipo de energia que fica alocada nessa repetição que afeta também o público. Isso só se consegue em performances de longa duração.<br /><br /><span style="font-weight:bold;"><a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/831250-leia-a-entrevista-de-marina-abramovic-na-integra.shtml">Folha Online - Esse seu raciocínio me faz lembrar que muitos dos artefatos usados por essas antigas civilizações eram apenas utensílios ritualísticos, religiosos, mas agora são denominados artísticos...</a></span><br /><br />Acho que isso é um grande equívoco, porque acredito que o grande princípio da arte é que ela é uma ferramenta. Se arte é algo que só trata de um objeto, ela perde sua função. A arte tem que ser uma ferramenta para conectar ou questionar ou criar consciência no público, como qualquer outra coisa. Há uma ótima entrevista de André Malraux, quando ele era ministro da Cultura, na França, com Picasso, acho que nos anos 1950. Ele perguntou a Picasso porque ele tinha tantas máscaras africanas e ele respondeu que as máscaras eram muito importantes porque elas eram a chave, a ferramenta para os humanos se comunicarem com as forças divinas, com os espíritos, o desconhecido; e ele queria aprender a fazer o mesmo com suas pinturas. Eu acredito que a performance também é uma ferramenta, e por isso os objetos, eles mesmos, não tenham valor. Quem tem valor é o processo e quando você passa por uma experiência, existe a transformação. Então a arte está completa.Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-90577646037635396762010-11-22T18:54:00.000-08:002010-11-22T18:55:03.301-08:00Licença pra dois entrega os taco...<object width="640" height="505"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/D_vbNaNntA4?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/D_vbNaNntA4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="505"></embed></object>Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-41877327864652935152010-10-24T17:31:00.000-07:002010-10-24T17:33:28.555-07:00Hell's Gate<b>Visão do "diabo" faz 11 pularem pela janela na França</b><br />DA FRANCE PRESSE<br />EM VERSAILLES<br /><br /><br />Onze pessoas pularam pela janela de um apartamento em Versailles, subúrbio de Paris, após acreditarem ter visto o diabo, em um incidente ocorrido neste sábado e que terminou com a morte de um bebê de quatro meses, informou a polícia.<br /><br />O pânico tomou conta dos moradores do apartamento, no segundo andar de um prédio, quando um homem sonolento que andava nu pela casa foi confundido com o diabo. O incidente ocorreu de madrugada, e ao que parece, o homem levantou para alimentar o filho que chorava na cama.<br /><br />"Treze pessoas estavam no apartamento do segundo andar e por volta das três da manhã um dos ocupantes ouviu o filho chorar", explicou à AFP Odile Faivre, da promotoria de Versailles. "O homem em questão, de origem africana, se levantou para alimentar o filho e como estava totalmente nu, foi confundido com o diabo".<br /><br />"O grupo atacou o homem e o feriu com uma facada na mão, antes de expulsá-lo do apartamento, mas ele tentou voltar e foi aí, que tomados pelo pânico, pularam pela janela", revelou Faivre.<br /><br />No incidente, um bebê de quatro meses morreu e outras sete pessoas sofreram traumatismos múltiplos.Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-37571834151349856532010-10-24T10:09:00.001-07:002010-10-24T10:09:40.284-07:00Homens por Laerte, sempre foda.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://verbeat.org/blogs/manualdominotauro/LAERTE-21,22,23-09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="http://verbeat.org/blogs/manualdominotauro/LAERTE-21,22,23-09.jpg" width="320" /></a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-25040113625551146632010-10-21T12:28:00.000-07:002010-10-21T12:28:49.727-07:00Artigo sobre hipertexto e o trabalho da Cia. Espaço em BRANCO que será apresentado no próximo congresso da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas<!--StartFragment--> <br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-indent: 35.45pt;"><b><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A imagem no teatro: considerações interdisciplinares do olhar e do sentir</span></b><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"><br />
<br />
Ângela Francisca Almeida de Oliveira<br />
Mestre em Artes Cênicas - PPGAC/UFRGS<br />
GT Teorias do espetáculo e da recepção<br />
Comunicação oral<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Resumo: Este artigo propõe reflexões sobre a imagem no teatro, suas especificidades e paradoxais implicações no contexto de espetáculos de linguagem híbrida de encenação. Através da ampla conceituação de imagem, abordaremos, sob a perspectiva da recepção, a concretização imagética no teatro em relação aos demais campos da arte. Traçaremos paralelos com o auxílio de teorias da percepção e do efetio estético, textos críticos e filosóficos, envolvendo, também, estudos teóricos representativos nas áreas do cinema e da literatura.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Palavras-chave: imagem, recepção, interdisciplinariedade, encenação<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">continue lendo aqui!</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"></span></div><a name='more'></a><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A comunicação que apresento traz questionamentos suscitados a partir de minha participação na pesquisa <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Educação do olhar e formação ético-estética: cinema e juventude</i>, sobre cinema e formação de estudantes de pedagogia, realizada na Faculdade de Educação da UFRGS, com orientação da professora Drª Rosa Maria Bueno Fischer. Ao estudar a experiência estética propiciada pelo cinema e as implicações específicas da imagem cinematográfica, me ocorreu a importância de analisar cuidadosamente a relação que ela mantém com o teatro feito nos dias de hoje e como é possível certa cumplicidade entre as imagens imensas, registradas e veiculadas em mídia, e a imagem táctil da cena teatral, com o corpo dos atores e os objetos dispostos no palco.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Na cena teatral porto-alegrense, há uma companhia que produz espetáculos dentro do que se pode chamar de “linguagem híbrida de encenação” e cujo último trabalho acompanhei de perto. A <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cia. Espaço em Branco</i>, dirigida por João de Ricardo, existe há cinco anos e, embora seja considerada uma companhia jovem, apresenta intensa investigação quanto ao desenvolvimento de uma linguagem própria. Seu trabalho mais recente, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Homem que não vive da glória do passado</i>, apresentado entre março e abril deste ano, faz um mergulho na experimentação estética de linguagens não-teatrais, apropriando-as e integrando-as à cena. <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O ponto específico que pretendo abordar aqui é a questão da imagem nesse trabalho – com projeções constantes no conjunto do acontecimento ao vivo. A encenação provoca a existência de uma imagem híbrida, como seu processo criativo, levada ao espectador pela experiência da simultaneidade com que mídia e corpo são apresentados aos sentidos. O espetáculo instiga a reflexão ao propiciar a impossiblidade de leitura separada das imagens que, concomitantes, constituem existência una. Estamos diante de várias camadas de imagens que se apresentam através da imagem duplicada do performer, em cenas gravadas previamente e veiculadas em tamanho cinematográfico; das imagens-ambiente criadas pelo grupo; das imagens publicitárias e televisivas, apropriadas e incorporadas ao discurso visual; das imagens literárias, desveladas nos trechos de narrativa; das imagens sonoras, que se aliam às demais e fortalecem de maneira significativa o impacto do espetáculo na plateia; mas a especificidade dessa junção, e o que a torna importante para análise, é que ela se dá em imagens “linkadas” em um grande hipertexto, conforme a perspectiva de Pierre Lévy (1993).<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O que se efetiva é uma espécie de “hipercena”, que convoca os sentidos e o olhar do espectador e na qual visualmente se oferecem a imagem cinematográfica das grandes dimensões – manipulada pela câmera e pelos processos de edição – e a imagem do acontecimento performativo do palco – ao vivo e táctil. No entanto, sob a perspectiva da experiência do espectador, elas não se articulam como duas estranhas, mas como cúmplices. Da mesma forma, o espectador lida com uma camada visual que é da ordem da imagem subjetiva e que se nutre do visível, dado ao olhar, mas também da interferência das imagens não visuais, como as de caráter sonoro – recorrentes ao longo da encenação. O que passa pela percepção e pela experiência daqueles que estão na plateia e participam do encontro é uma teia de iconografias, simbologias e significados que se unem em favor da experiência perceptiva e, efetivamente, constituem o espetáculo. Trata-se de uma existência impura, mas única e instransferível.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A peça partiu de um roteiro que balizou a performance e deu-lhe um mote, mas que, pela forma como ela é construída e pela intensidade das imagens que desenvolve, convoca o público a desapegar-se da narrativa e deixar-se levar pela experiência da apresentação. Há uma desconstrução do enredo no despejo de referências que aludem à situação original ou a metaforizam e, com os diversos recursos utilizados, re-contextualizam e ampliam o discurso a cada nova cena. A narrativa, que poderia falar de um homem que após a morte de todas as mulheres do mundo em uma catástrofe inexplicada precisa continuar vivendo, expande-se na experiência do público, com as impressões imagéticas da encenação.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O espetáculo começa como uma conversa informal, ativando no público a vontade de participação. Os espectadores são chamados pelo nome, que foi previamente grafado em um crachá na bilheteria. É de nome para nome que a relação entre os participantes se efetiva. Os significados dos nomes são evocados e aqueles que o sabem podem dizê-lo ao grande grupo, mas não de forma impune. Além de o “diretor-performer-anfitrião” revelar o peso do nome que carrega, os espectadores que fazem o mesmo – sem perceber e antes de adentrar o espaço da apresentação – revestem-se das imagens que os nominam e não são mais percebidos da mesma forma. Assim como a visão “hipercênica” do espetáculo, os indivíduos que dele participam são chamados a perceber em si hipertextos – que os conectam ao que está além de seu próprio corpo, mas que também são parte de sua existência e da imagem exposta de si mesmos.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Homem que não vive da glória do passado</span></i><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> efetiva-se ao imprimir no espectador imagens de opressão e desespero, pois, após a conversa amigável no saguão do teatro, desdobra-se uma viagem ao apocalipse e ao caos. Há, então, um desconcerto que vai do ambiente aparentemente cotidiano à performação do sacrifício. Uma imersão na animalidade da dor e no questionamento do homem como animal racional, em imagens visuais (crucificação) e acústicas (vozes de hienas, cães, corujas, grilos e camelos) sobrepostas. A visão do homem que se amarra com fita adesiva transparente é aderida à trilha sonora que mescla a narração do apocalipse, por Cid Moreira, com os sons animalescos há pouco citados. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Essa característica de imagem visual e sonora, identificada ao longo da tradição teatral de texto e cena, torna-se complexa ao incorporar à imagem viva os recursos tecnológicos diversos: vídeo, microfone, amplificadores, pedais e mesa de som com efeitos. Esse conjunto de mídias é parte fundamental nesse trabalho da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cia. Espaço em Branco</i>, sobrecarregando o aparelho sensório e invadindo o corpo do espectador. Ainda que se fale da “frieza midiática”, apontada por diversos teóricos do teatro, como Hans-Thies Lehmann (2008), nesse espetáculo da companhia o que se vê é a mídia incorporada ao material orgânico e que permite, junto a ele, uma existência sem rivalidade. Um espetáculo “cyborg” que não extingue em si nem sua humanidade, nem sua tecnicidade. Espetáculo dos dias de hoje, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Homem que não vive da glória do passado</i> revela a evidência do artefato gerador de subjetividade (tecnologia da inteligência, conforme Lévy) e sua inevitável representabilidade.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Um distanciamento é perceptível em contrapartida à proximidade corporal/sensorial dessa experiência com imagens midiáticas: a atividade intelectual parece interferida a cada novo episódio da encenação, que raramente retoma elementos anteriores. Mesmo quando, por ventura, há o retorno de algo já visto, essa reaparição se dá em um contexto tão diferente que o algo praticamente se identifica com outra coisa. São sempre novas imagens – literárias, visuais, sonoras – em sobreposição, reorganização, desorganização, fragmentação, pulverização – o que dificulta o reconhecimento de sentido. Parece-me que o sentido racional pode, inclusive, nem ser acionado e o espetáculo pode reverberar por vias “inconscientes” junto ao espectador. Entretanto, se há racionalização e construção de sentido intelectual, essas de fato ocorrem após a encenação, talvez um bom tempo depois dela, quando o espectador conseguir acalmar os sentidos superestimulados e passar a pensar sobre o que vivenciou – o que viu e sentiu. É de olhar e sentir que falamos, pois o olhar capta a visualidade marcante aliada à sonoridade, ao texto e à estrutura desconcertante da peça, numa vivência marcada pela sensação do mundo – com suas máquinas e imagens –, que é internalizado.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Conforme Picon-Vallin (2006), o teatro se alimenta há muito tempo das técnicas e imagens cinematográficas – trabalhadas basicamente em noções de montagem, enquadramento e movimentação de equipamentos – e também de todos os avanços tecnológicos interessantes à sua realização – exemplo claro com os recursos de iluminação elétrica, hoje indispensáveis para espaços fechados. E, se agora há desconfiança quanto ao caráter teatral de novos recursos, a caminhada deles junto à cena faz parte de um processo contínuo, atualizado a cada dia. O teatro feito hoje se relaciona com os aspectos da vida em nossos dias e se localiza neste tempo histórico – de sociedade “globalizada” e navegadores de internet.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">É fato a complexidade do que se apresenta e a demanda de análise para um objeto ainda novo. Ao buscar referêcias teóricas, me deparei com a postura ainda cautelosa com que alguns teatrólogos tratam a imagem midiática. Assim como foi possível perceber uma divergência entre teóricos do teatro e do cinema que, como Ismail Xavier (2008), já habituado ao aparato técnico, não encontra na imagem das mídias um dado completo e fechado na objetividade, mas algo de existência profunda e exigente que se opõe ao clichê de automatismos perceptivos. Acredito que o diálogo entre as diferentes áreas possa ser estimulado, gerando uma real reflexão conjunta entre as artes.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">O teatro da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cia. Espaço em Branco</i> é herdeiro da tradição das vanguardas e realiza com as técnicas atuais o que, no início do século XX, diretores e artistas de teatro tentaram realizar da forma que cabia a seu tempo. As novas tecnologias facilitaram a experimentação com a imagem e propiciaram ao teatro a inserção de recursos importantes. Não houve no caso analisado mera ilustração com as projeções, tampouco os recursos de mídia foram elencados na sucessão de “efeitos especiais”. Houve o trabalho atual de explorar as novas tecnologias, conviver com elas, torná-las orgânicas à cena – entendendo que delas também nos constituímos e que tudo o que nos diz respeito é tema para o teatro.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -26.1pt; tab-stops: 81.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-family: Arial;">Referências:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">ARTAUD, Antonin. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Linguagem e vida</i>. Org. Jacó Guinsburg, Silvia Fernandes e Antônio Macedo Neto. São Paulo: Perspectiva, 2004.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">COHEN, Renato<i style="mso-bidi-font-style: normal;">. Work in progress na cena contemporânea</i>: criação, encenação e recepção. São Paulo: Perspectiva, 1998.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">GOLDBERG, Roselee. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A arte da performance: do futurismo ao presente</i>. São Paulo: Martins Fontes, 2006.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">FOUCAULT, Michael. O pensamento exterior. In: <i>Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema. Ditos & Escritos III. </i><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">LEVY, Pierre. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática</i>. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1996.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">LEHMANN, Hans-Thies. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Teatro pós-dramático</i>. São Paulo: Cosac Naify Edições, 2007.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">MERLEAU-PONTY, Maurice. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fenomenologia da percepção.</i> 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">PICON-VALLIN, Béatrice. <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Os novos desafios da imagem e do som para o ator. Em direção a um "super-ator"?. In: <i>Folhetim</i>, nº 21, p. 07-23. </span>Rio de Janeiro: Teatro do pequeno gesto, 2005.<span style="mso-bidi-font-style: italic;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">________. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">A arte do teatro: entre tradição e vanguarda / Meyerhold e a cena contemporânea. </i>Org. Fátima Saadi. Rio de Janeiro: Teatro do pequeno gesto, 2006.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">XAVIER, Ismail. Um cinema que “educa”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um cinema que faz pensar. Entrevista. <i>Educação & Realidade</i>, FACED/UFRGS, V. 33, n. 1, 2008, p. 13-20.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">________. (Org.). <i>A Experiência do Cinema: antologia</i>. Rio de Janeiro: Graal, Embrafilmes, 2003. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">________. <i>O Discurso Cinematográfico: a opacidade e a transparência</i>. São Paulo: Paz e Terra, 2005.<o:p></o:p></span></div><!--EndFragment-->Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-48402552468893029212010-10-17T13:59:00.000-07:002010-10-17T16:14:41.039-07:00Medicine for goat<a href="http://fullmoonmasks.com/pro1349908.html"><br /><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 296px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLuDORIkWzI/AAAAAAAAC2o/cRrD6y9dHJQ/s400/antismoking.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529157248668162866" /><br /><br /><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 306px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLtj-SVVYpI/AAAAAAAAC2g/HIVBJdaLDFE/s400/legend_darkness.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529122889251775122" /><br /><br /><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 600px; " src="http://3.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLtj9m8ndGI/AAAAAAAAC2Y/NVeqBfpzDQ0/s400/goat-tree.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529122877605377122" /></a>Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-30042543925104963802010-10-16T10:56:00.000-07:002010-10-16T10:57:10.093-07:00Corrida pelo prêmio<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/YTfQp-q4zL4?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/YTfQp-q4zL4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Two scientists were racing<br />For the good of all mankind<br />Both of them side by side<br />So determined<br />Locked in heated battle<br />For the cure that is their prize<br />But it's so dangerous<br />But they're determined<br /><br />Theirs is to win<br />If it kills them<br />They're just humans<br />With wives and children<br /><br />Upwards to the vanguard<br />Where the pressure is too high<br />Under the microscope<br />Hope against hope<br /><br />Forging for the future<br />But to sacrifice their lives<br />Both of them side by side<br />So determined<br /><br />Theirs is to win<br />If it kills them<br />They're just humans<br />With wives and childrenDouglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-17954138019090705862010-10-14T16:36:00.001-07:002010-10-14T16:36:25.846-07:00O povo que ainda não existe"A relação [entre os homens e a obra de arte é a] mais estreita possível e, para mim, a mais misteriosa. Exatamente o que Paul Klee queria dizer quando afirmava: 'Pois bem, falta o povo'. O povo falta e ao mesmo tempo não falta. 'Falta o povo' quer dizer que essa afinidade fundamental entre a obra de arte e um povo que ainda não existe nunca será clara. Não existe obra de arte que não faça apelo a um povo que ainda não existe." (Gilles Deleuze)Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-44386678422196549502010-10-13T17:25:00.000-07:002010-10-13T18:06:48.199-07:00Comentário escrito por Luciano Alabarse no jornal "Usina do Porto"<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Fui assistir “HOMEM QUE NÃO VIVE DA GLÓRIA DO PASSADO”, nova peça da Cia. Espaço em BRANCO, dirigida por João de Ricardo, e sai impressionado. Uma espetáculo para quem gosta de fazer e assistir teatro, uma proposta ousada, uma experiência teatral cativante. Não que o espetáculo seja perfeito ou não suscite polêmica. Muitos, talvez, rejeitem a estética e o conteúdo do trabalho. Outros vão adorar de paixão. O verdadeiro teatro é este mesmo, o que não deixa o espectador indiferente na cadeira, o que desperta entusiasmo e controvérsia, gente falando muito bem, gente abominando completamente. Salvo engano, foi o que aconteceu durante a primeira temporada.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Eu mesmo, antes de assistir a peça, já ouvira alguns comentários ácidos sobre o trabalho, gente indignada com o resultado cênico da experiência pilotada por João. Depois do espetáculo, ao cumprimentá-lo, senti que ele estava bagunçado com algumas manifestações violentamente contrarias. Não devia, pois há razões para isso, na minha opinião. Algumas características da cidade explicam parcialmente o repúdio a um trabalho muito sério e bem-vindo.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Porto Alegre é uma cidade conservadora. Com exceções de praxe, claro, gente que faz valer a pena viver aqui, parece que sempre estão nos cobrando atestado de bons antecedentes, enquadramento aos costumes médios do lugar. Sobressair na massa, parece, é ofensa pessoal. </span></b>E nenhum teatro, nenhuma manifestação cultural está imune ao local onde é gerado. Há poucos dias, perplexo, acompanhei uma série de invectivas contra Nei Lisboa, por suas posturas em relação ao ranço na musica folclórica gaúcha. Caíram de pau em cima dele. E agora, por motivos confluentes, querem destruir o trabalho do João. Eu, que tento assistir o maior numero possível de espetáculos locais, posso garantir que, atualmente, há uma grande conformismo cênico norteando nossas estréias. Espetáculos que flertam descaradamente com a linguagem da televisão, a retirada estratégica de uma geração que durante muitos anos alimentou nossas temporadas com propostas provocantes, uma nova geração que, por isso mesmo, por ser nova, ainda procura espaço e afirmação – tudo isso, paradoxalmente, desemboca em alguns artistas transbordantes e inquietos, pois esses continuam a surgir, graças a Deus! João de Ricardo é o melhor exemplo do que eu falo. Há nele uma ânsia legítima de procurar sua identidade cênica, uma alma e artista inconformado com a caretice que marca nosso tempo, um excesso de quem ainda não domina completamente as ferramentas de sua criação teatral. Tudo isso não obscurece nem invalida sua trajetória, João é talentosíssimo diretor de teatro, o nome mais importante surgido em sua geração.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A cidade ainda vai ouvir falar muito dele. Muitos espetáculos ainda vão dar o que falar, encontrar resistência e narizes torcidos. Tomara que João não canse nem desista. Tomara que compreenda que todos os verdadeiros talentos, no seu tempo, pagam um preco alto para firmar sua personalidade e seu trabalho. Elis Regina, para mim a maior cantora brasileira de todos os tempos, durante anos foi acusada pelos críticos de ser uma cantora “fria”. Logo ela, a mais emocional das nossas estrelas. E muitos gaúchos adoravam falar mal de Elis, coisas estapafúrdias, maledicências de todo tipo. Eu ficava doido com isso, queria chutar o balde e as canelas dessa gente. Com a devida ressalva de que sei muito bem a diferença entre um e outro, é o que sempre acontece quando um nome começa a se impor na cena local.</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">O escorpião porto-alegrense tem um veneno abundante, é poderoso, mas o tempo é senhor da razão – todos sabemos. E é na perspectiva do tempo que o trabalho do João irá se impor e se firmar. Muitos artistas promissores começam a se repetir, perdem o fôlego, vendem a alma ao diabo. Mas aposto que o caminho de João é outro, é o caminho daqueles que vieram para ficar e contribuir para alavancar nosso gosto e depuração. Oxalá!</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Luciano Alabarse</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Diretor de Teatro e Coordenador Geral do Festival Internacional Porto Alegre em Cena</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Jornal Usina do Porto</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TLZNqeEszcI/AAAAAAAAD8E/gLWaXEc7Kbw/s1600/62536_111373578922120_100001484354463_95486_5764929_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="http://3.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TLZNqeEszcI/AAAAAAAAD8E/gLWaXEc7Kbw/s640/62536_111373578922120_100001484354463_95486_5764929_n.jpg" width="640" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-16448773832534471292010-10-12T16:57:00.000-07:002010-10-12T16:57:18.557-07:00ALICE da Cia. Espaço em BRANCO em SÃO PAULO - Teatro OFICINA - Evoé!<object height="340" width="560"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9IIbaswhuY0?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/9IIbaswhuY0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-61607766869818783512010-10-11T11:33:00.000-07:002010-10-11T14:16:47.865-07:00Esclarecendo publicamente o posicionamento da Cia. Espaço em BRANCO<div style="text-align: justify;">Para esclarecer sobre o que versa os posts dos colegas diretores de teatro Roberto Oliveira e Gilberto Fonseca, a Cia. Espaço em BRANCO, em seu pronunciamento em vídeo na abertura do prêmio BRASKEM, mais uma vez arranhou o véu de silêncio propondo sugestões para a empresa ( e todo poder político presente naquela noite de premiação no Theatro São Pedro) de forma clara & tranquila.<br />
<br />
São elas:<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">1- Criar vias de apoio direto, que não precisem passar por mega eventos. Apoio ao trabalho continuado de artistas, grupos, cias e coletivos. Apoio à criação de novos espetáculos. Apoio a iniciativas em arte educação.</div><div style="text-align: justify;">2- Que todos os cachês dos participantes do POA em CENA sejam aumentados substancialmente ao invés de "premiar" um só espetáculo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Partimos de um sentimento e uma vontade de LIBERDADE POSSÍVEL ativada na ARTE. Competir com os colegas nos parece completamente contraditório com nosso posicionamento ético-estético. Que o bem de um seja o de todos, merecemos trabalhar bem e ganharmos muito bem para tanto.</div><div style="text-align: justify;">Merecemos que nossa visibilidade pública não passe por um mesmo circuito fechado de jurados (colegas altamente qualificados, o que está em jogo aqui não são as pessoas, mas os poderes (dinheiro & visibilidade) que estão em agenciamento através delas) que acabam, querendo ou sem querer, criando uma "agenda" estética para a cidade. Arte é multiplicidade. Salve os artistas. Salve as diferenças. Salve os colegas criadores. Saravá em ondas a quem ainda entende arte como AMPLI-Ação do HUMANO.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b><a href="http://www.joaodericardo.blogspot.com/">JDR</a></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TLN-tQr8T3I/AAAAAAAAD7w/ZY1w2YhzSI4/s1600/25.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TLN-tQr8T3I/AAAAAAAAD7w/ZY1w2YhzSI4/s320/25.jpg" width="286" /></a></div><br />
</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-91699868203479757122010-10-11T10:28:00.000-07:002010-10-11T10:28:42.418-07:00BrasKEM dois: COmentário do Gilberto Fonseca<h3 class="post-title entry-title" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 16px; line-height: 22px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; position: relative; text-align: justify;"><a href="http://adiosmandachuva.blogspot.com/2010/09/em-cena-2010.html" style="color: #cc0000; font: normal normal bold 20px/normal 'Trebuchet MS', Trebuchet, sans-serif; text-decoration: none;">Em Cena 2010</a></h3><div class="post-header" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 16px; line-height: 1.6; margin-bottom: 1em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 16px; line-height: 1.4; position: relative; width: 470px;"><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_dNPPu1FTnwc/TKNECqfxskI/AAAAAAAAA3U/wTbLfiHBZ68/s1600/ma-poa-poa-em-cena_r.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #7f011f; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify; text-decoration: none;"><img border="0" height="216" px="true" src="http://3.bp.blogspot.com/_dNPPu1FTnwc/TKNECqfxskI/AAAAAAAAA3U/wTbLfiHBZ68/s320/ma-poa-poa-em-cena_r.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; border-width: initial; position: relative;" width="320" /></a><div style="text-align: justify;">Fim do Porto Alegre em Cena 2010.</div></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Acho que vários pontos positivos devem ser destacados e os responsáveis pelo sucesso parabenizados.</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Gostei demais do que vi e li por lá, além de textos bem escritos, a participação da classe comentando os espetáculos foi bastante produtiva e não deveria ser esse hábito abandonado. Desconheço outro festival que proporcione esse tipo de discussão. Ponto altíssimo da organização do evento (quem sabe tal ideia não vire um livro ou uma revista no futuro?). A equipe técnica do Teatro de Câmara (vou falar deste pois é onde O Avarento se apresentou, mas acredito que os demais tenham mantido a média), nossa produtora de palco, Maura, e o pessoal da produção que entrou em contato conosco (Grupo Farsa) foi sempre claro, atencioso, educado e profissional. Parabéns a todos esses também.</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Como aspectos a melhorar ou a serem observados pela direção do Em Cena chamo a atenção para o pouco público presente em alguns espetáculos do festival. O que teria acontecido? Lembro de que em outras edições os ingressos acabaram mais cedo e mesmo os espetáculos que não tinham lotação esgotada apresentavam bom público. Dessa vez, em pelo menos dois espetáculos que fui, a plateia estava a menos da metade da capacidade do teatro. Em outros, que acusavam ingressos esgotados, sobraram lugares. Ingressos demais distribuidos a gente que não vai? Entendo que haja a necessidade da cota dos patrocinadores, mas não deveriam estes confirmarem se vão ou não e os ingressos que sobrarem serem devolvidos à bilheteria?</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Gostaria de destacar e somar forças a ideia de João de Ricardo de que o Prêmio Brasken adotasse outro formato, que a premiação em dinheiro destinada às categorias de ator, atriz, diretor e espetáculo fossem divididas entre os grupos selecionados, aumentando assim o cachê dos grupos locais (que é baixo). Pessoalmente não entendo a parte competitiva do festival como algo positivo (e isso não é choro de quem não ganhou nada, afinal participamos e participaremos de outros festivais competitivos), pois não acho que isso "case" com o Em Cena, afinal os outros espetáculos participantes (nacionais e internacionais) não competem entre si.</span></b></div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Acho, também, que os responsáveis pela seleção deveriam se pronunciar de alguma forma e justificar, por exemplo, a seleção de um espetáculo tão ruim como Dr. Jeckyl & Mr. Hyde (que foi alvo de severas críticas), ninguém entendeu como uma peça daquelas estava no Porto Alegre em Cena, sendo que faria feio em qualquer festival de teatro amador.</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Sei que é fácil criticar quando não se está diretamente envolvido e não se conhece quase nada do trabalhão que é fazer funcionar um festival tão grande (e importante) quanto esse, mas entendam minhas observações como as de alguém que se orgulha desse evento e o admira muito.</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom-color: initial; border-bottom-style: none; border-bottom-width: medium; border-left-color: initial; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: initial; border-right-style: none; border-right-width: medium; border-top-color: initial; border-top-style: none; border-top-width: medium; text-align: justify;">Sinceros parabéns ao Luciano Alabarse, mentor e responsável por tudo isso.</div><div style="text-align: justify;">Parabéns à Sandra Dani, homenageada.</div><div style="text-align: justify;">A todos da equipe do festival e aos grupos locais, que fizeram bonito e, na maioria dos casos, apresentaram espetáculos tão bons (ou até melhores) que muitos dos convidados.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Que venha logo o próximo Em Cena (estarei na fila desde cedo).</div></div><div class="post-body entry-content" style="font-family: Georgia, Utopia, 'Palatino Linotype', Palatino, serif; font-size: 16px; line-height: 1.4; position: relative; text-align: justify; width: 470px;"><a href="http://adiosmandachuva.blogspot.com/">PUBLICADO EM ADIOS MANDACHUVA</a></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-71501019464867841082010-10-11T10:25:00.000-07:002010-10-11T10:31:31.559-07:00Sobre o Prêmio BRASKEM : COmentário do Modesto Fortuna (Roberto Oliveira)<div class="post hentry uncustomized-post-template" style="border-bottom-color: rgb(216, 231, 247); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 3px; color: #204063; font-family: Helvetica, Arial, Verdana, 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 14px; margin-left: 21px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><h3 class="post-title entry-title" style="color: #477fba; font-size: 18px; margin-bottom: 13px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 13px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><a href="http://solostragicos.blogspot.com/2010/10/brasken-de-melhor-atriz.html" style="color: #477fba; font-weight: bold; text-decoration: none;">BRASKEN DE MELHOR ATRIZ</a></h3><div class="post-header"><div class="post-header-line-1"></div></div><div class="post-body entry-content"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_CxZRMIMOUjg/TLDX9eyGReI/AAAAAAAAB34/3TMLcnC24WA/s1600/DSC_1046.JPG" imageanchor="1" style="color: #4386ce; font-weight: bold; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="http://4.bp.blogspot.com/_CxZRMIMOUjg/TLDX9eyGReI/AAAAAAAAB34/3TMLcnC24WA/s400/DSC_1046.JPG" style="border-bottom-width: 0px; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-top-width: 0px;" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">FERNANDA PETIT foi escolhida a melhor atriz/bailarina da quarta edição do prêmio Brasken. Dez ou onze peças concorrem entre si, nas categorias melhor espetáculo, melhor diretor/coreógrafo , melhor ator/bailarino, melhor atriz/bailarina. e a Petit faturou, merecidamente, diga-se de passagem, o troféu de melhor atriz. </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Fiquei muito orgulhoso por ela e por ter ela no espetáculo. Teve um longo momento em que o Marcelo Adams, que depois saiu da peça, dava o caminho da interpretação da peça. Daí, ele teve um acidente e ficou alguns ensaios de fora. A Petit foi quem assumiu a liderança. Quem parecia entender onde eu queria chegar e apontava o caminho da peça. Ela é, realmente, atriz e bailarina. A nossa bailarina sem uma perna que insiste em dançar. Parabéns, Petit.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: white;">Pra um projeto que eu nem sabia como começar até que estamos indo longe.</span></div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Quanto ao tal prêmio braskem, eu sou da opinião do João de Ricardo, e me senti uma besta não tendo falado isso no depoimento que, como participante, fui obrigado a conceder. Me senti constrangido a falar bem da Brasken. Mas, o João falou que prêmio em dinheiro oferecido pela referida empresa, deveria ser dividido entre os "competidores". Eu penso que a referida empresa e a direção do EmCena deviam colocar as dez peças selecionadas pela comissão do EmCena, como o que há de melhor na produção porto-alegrense ou gaúcha do ano em questão e pagar um cachê bem melhor para cada espetáculo. Um cachê de verdade. E, além disso, gostaria que cada peça fizesse pelo menos três apresentações, para que mais pessoas tivessem oportunidade de assistir as peças, valorizando mais os espetáculos locais, e também para que o cachê possa ser triplicado. </span></span></b><br />
<b><a href="http://solostragicos.blogspot.com/"><span class="Apple-style-span" style="color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Publicado em SOLOS TRáGICOS</span></span></a></b></div></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-63389807725705353912010-10-09T16:55:00.000-07:002010-10-09T16:56:19.205-07:00"O que significa?"<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TKO6NFlYEHI/AAAAAAAACwU/8dMsThdm2HI/s1600/SUSAN+SONTAG.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TKO6NFlYEHI/AAAAAAAACwU/8dMsThdm2HI/s400/SUSAN+SONTAG.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5522462302086369394" /></a><br /><br />"A interpretação, baseada na teoria extremamanete duvidosa de que uma obra de arte é composta de elementos de conteúdo, constitui uma violação da arte. Torna a arte um artigo de uso, a ser encaixado num esquema mental de categorias."<br /><br />"Quando reduzimos a obra de arte ao seu conteúdo e depois interpretamos isto, domamos a obra de arte. A interpretação torna a obra de arte maleável, dócil."<br /><br />"De fato, não estou dizendo que as obras de arte são inexprimíveis, que não podem ser descritas ou interpretadas. Podem sê-lo. A questão é como."<br /><br />"Em uma cultura como a nossa, baseada no excesso, na superprodução; a consequência é uma perda constante de acuidade da nossa experiência sensorial. Todas as condições da vida moderna - sua plenitude material, sua simples aglomeração - combinam-se para embotar nossas faculdades sensoriais." (Susan Sontag)Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-64784940019810070412010-10-09T16:54:00.001-07:002010-10-09T16:54:55.683-07:00Isto não é um cachimbo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TKp31tY9NBI/AAAAAAAACw0/7aI2lJ0Cwy8/s1600/foucault.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 309px; height: 354px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TKp31tY9NBI/AAAAAAAACw0/7aI2lJ0Cwy8/s400/foucault.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5524359657524376594" /></a><br /><br />"Apreende-se o privilégio da similitude sobre a semelhança: esta faz reconhecer o que está muito visível; a similitude faz ver aquilo que os objetos reconhecíveis, as silhuetas familiares escondem, impedem de ver, tornam invisíveis [...]. A semelhança comporta uma única asserção, sempre a mesma: isto, aquilo, aquilo ainda, é tal coisa. A similitude multiplica as afirmações diferentes, que dançam juntas, apoiando-se e caindo umas em cima das outras." (Michel Foucault)Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-5185183785090986292010-10-09T16:53:00.000-07:002010-10-09T16:54:01.913-07:00Conteporaneidade ignoranteRevista Veja:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_NiLeVuI/AAAAAAAACzw/gTePAofBi-8/s1600/shark.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_NiLeVuI/AAAAAAAACzw/gTePAofBi-8/s400/shark.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526197350761912034" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_nifZ-QI/AAAAAAAAC0A/5ke5wF70OU0/s1600/xvi.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 369px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_nifZ-QI/AAAAAAAAC0A/5ke5wF70OU0/s400/xvi.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526197797522110722" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_Pm5zO9I/AAAAAAAACz4/Rx6hIMiZ4hU/s1600/saatchi.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 344px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_fZC29hmSiLk/TLD_Pm5zO9I/AAAAAAAACz4/Rx6hIMiZ4hU/s400/saatchi.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5526197386389699538" /></a><br /><br />"Arte: no mercado atual, a criatividade vale menos do que a ousadia comercial de artistas, marchands e colecionadores. As vendas milionárias são apresentadas como 'gestos de arte conceitual'. O mercado da arte mudou, está mais volúvel e, convenhamos, mais ignorante. Hoje há menos gente interessada em quadros do século XVI do que em trabalhos contemporâneos." (Mario Mendes/Veja)Douglas Dickelhttp://www.blogger.com/profile/08195899830951081856noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-31322834921545716752010-10-08T11:58:00.001-07:002010-10-08T11:58:41.364-07:00LAerte mais uma vez gênio!<object height="340" width="560"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VfKNzdBillQ?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/VfKNzdBillQ?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-73134149220184256492010-10-06T16:07:00.001-07:002010-10-06T16:07:27.834-07:00FUCK OFF!<object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/f4-jQFDkXhY?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/f4-jQFDkXhY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-12042780866280563782010-09-30T11:11:00.000-07:002010-09-30T11:11:14.167-07:00Outro comentário do público enviado para mim:<div style="text-align: justify;">E aí senhor diretor...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tenho um diário pessoal que não publico. Mas colei aqui parte do que escrevi ontem para dividir contigo, já que tu pareceste interessado nas opiniões dos espectadores do teu trabalho. Então...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Qui - 23/09/10: Hoje fui assistir com ... a peça 'Homem Que Não Vive da Glória do Passado', dirigida e protagonizada por João de Ricardo. Cheguei no Túlio Piva com uma expectativa bem ruim, já que o que li a respeito da peça indicava que o trabalho se sustentava apenas através de sentimentos, digamos, expostos e não teria muito significado em termos de texto. Apesar de eu estar totalmente aberto a experiências sensoriais (ainda mais depois da experiência de ver o filme 'Os Famosos e os Duendes da Morte'), sempre corro o risco de simplesmente não sentir absolutamente nada, se o diretor (ou o autor ou o interprete, que nesse caso são a mesma pessoa) não conseguir passar essas sensações (e eu sinto esse risco mais evidente no teatro do que no cinema, já que as técnicas envolvidas em captação de imagem sempre ajudam nas sensações provocadas). Mas não. O texto é bem interessante também e traz várias reflexões. Além de toda a parafernália sensorial envolvida ser realmente provocadora, a degustação da obra pode ser cerebral também. O cara consegue provocar reflexões pesadas e depois, num mesmo momento, aliviar tudo, através de ironia e humor.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Várias reflexões surgiram em mim: o que é a consciência do próprio ser; essa consciência estaria ligada a um looping de rotina de vida; o que nos define como conscientes e, portanto, nos diferencia dos outros seres que habitam a nossa realidade; novamente a reflexão a respeito dessa realidade alterada a partir da presença do observador; a importância da co-dependência existencial e os momentos em que devemos (ou podemos) nos desprender disso; os vícios das sensações que acabam sendo o alívio das almas atormentadas (desde a busca neurótica pelo sucesso até a sensação tão boa provocada pela ingestão de um simples Nescauzinho, que eu adoro); e a reflexão mais óbvia, mas não menos interessante, que tenho desde criança - o que aconteceria com os homens se absolutamente todas as mulheres do mundo simplesmente desaparecessem? Tive diversas outras reflexões-relâmpago e sensações que ficaram na fila do cérebro a fim de serem processadas, mas não deu tempo porque o cara é realmente rápido no gatilho da sua "arma para obter o sucesso".</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">É lógico que eu normalmente prefiro trabalhos que esmiúce mais sentimentos específicos e que sejam interpretados por atores que se mostrem verdadeiramente impregnados por aquele outro ser que aparentemente não reflete em nada a sua vivência pessoal (mesmo sabendo que isso é uma ilusão... a bela ilusão). Mas não posso deixar de confessar que o trabalho do cara me surpreendeu exatamente por não ser o tipo de trabalho que normalmente aprecio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Evan Godoy</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5162527769934503089.post-43358318667873480322010-09-29T21:36:00.000-07:002010-09-30T11:27:45.563-07:00Comentário sobre o Homem enviado para o meu email pessoal:<div style="text-align: justify;">Acabo de chegar em minha casa, colocar meu cachorro em frente ao espelho e abrir o computador.</div><div style="text-align: justify;">Quando o abro, bem no meio de um “Espaço em Branco”, existe um símbolo que faz com que tudo entre em sintonia.</div><div style="text-align: justify;">Isso me leva a pensar, que no meio de um palco, tomado por fios, ajudantes e projeções. Está esse cara, esse tal de “Homem que Não Vive da Glória do Passado”.</div><div style="text-align: justify;">Uma figura já conhecida, porém nunca exposta de tal maneira, uma figura que antes, compartilhava espaço com os demais, mas que agora é o centro, é o simbolo.</div><div style="text-align: justify;">Poderia citar, varias partes poéticas e inusitadas do espetaculo, no entanto... Essas partes você conhece melhor do que eu.</div><div style="text-align: justify;">Vou dar destaque a uma parte em especial.</div><div style="text-align: justify;">O rito final, acompanhado com a musica “Se essa rua fosse minha”. </div><div style="text-align: justify;">Para mim, tem um significado maior. Minha mãe, cantava essa musica, quando eu era pequeno.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TKTWjZ74X-I/AAAAAAAAD7g/VwUnPZoXf04/s1600/62536_111373555588789_100001484354463_95479_5956072_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="http://2.bp.blogspot.com/_ogj42Ag5Iyc/TKTWjZ74X-I/AAAAAAAAD7g/VwUnPZoXf04/s640/62536_111373555588789_100001484354463_95479_5956072_n.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;">Re-escutar a musica na tua peça, foi a melhor coisa, entre todas as outras coisas boas que fazem parte do espetáculo.</div><div style="text-align: justify;">Você diz: Por favor! E então, sobe ao tal “Espaço em Branco”, uma mulher e um homem. A partir deste momento, a peça se transforma em uma representação distorcida da minha própria memória. Sem mesmo saber da sua existência.</div><div style="text-align: justify;">Aquela família, sentada no sofá, aquela música tocando, a pipoca sendo feita e por final o João apagando as luzes. A cena, acima de tudo é uma desconstrução do núcleo familiar.</div><div style="text-align: justify;">Tudo isso é muito bonito. Para mim é o ponto alto do espetáculo.</div><div style="text-align: justify;">Parabéns, pelo ótimo trabalho. Adoro a Cia. Espero que continuem assim, inovando dentro da sua própria linguagem, onde em cada peça, a performance e a interação com o público, é feita de uma maneira peculiar.</div><div style="text-align: justify;">Gosto do jeito em que no espetáculo, você consegue fazer uma caricatura de si mesmo.</div><div style="text-align: justify;">Cada espetaculo da companhia é uma inquietação ou sensibilização através de meios diferentes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Abraço e parabéns.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bernardo Vieira</div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/02270378239076074541noreply@blogger.com0