quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Sobre o Entendimento: LAERTE






Acho que devo voltar a esse assunto.

Algumas pessoas afirmam não entender certas tiras - selecionei esta aí em cima porque foi uma campeã de reclamações.

Tiras, assim como esfihas, podem ser abertas ou fechadas - segundo o Umberto Eco, que estabeleceu este modelo, tão mais abertas serão quanto mais possibilidades de leitura oferecerem, e tão mais fechadas quanto mais estrito for o campo de interpretação.

Na minha produção, tem de tudo, com vários índices de abertura.

Nestas "de almanaque", em especial, tive uma intenção mais ou menos clara, que alcança seu éxito (na leitura) conforme os códigos de quem lê são parecidos com os meus, que as fiz.

Exemplo é a do surfista (ver em almanaque 02), onde o "papai, no vaca" precisa da informação sobre o adesivo que alguns motoristas usam, com fotos dos filhos e de S. Cristóvão, e a frase "papai, não corra" - além da informação sobre o "no vaca", jargão de surf para não cair da prancha.

Sem essa conexão de repertório, algumas piadas "se perdem".

Outras vezes, essa perda acontece por imperícia minha, mesmo.

A do boliche requer mais clareza sobre o que acontece.
A bola é atingida por um míssil, que é disparado pelos pinos no caça, patrulheiros e defensores dos pinos em terra etc.

Agora já foi, acho que não vou reformar a tira.

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