domingo, 24 de outubro de 2010

Hell's Gate

Visão do "diabo" faz 11 pularem pela janela na França
DA FRANCE PRESSE
EM VERSAILLES


Onze pessoas pularam pela janela de um apartamento em Versailles, subúrbio de Paris, após acreditarem ter visto o diabo, em um incidente ocorrido neste sábado e que terminou com a morte de um bebê de quatro meses, informou a polícia.

O pânico tomou conta dos moradores do apartamento, no segundo andar de um prédio, quando um homem sonolento que andava nu pela casa foi confundido com o diabo. O incidente ocorreu de madrugada, e ao que parece, o homem levantou para alimentar o filho que chorava na cama.

"Treze pessoas estavam no apartamento do segundo andar e por volta das três da manhã um dos ocupantes ouviu o filho chorar", explicou à AFP Odile Faivre, da promotoria de Versailles. "O homem em questão, de origem africana, se levantou para alimentar o filho e como estava totalmente nu, foi confundido com o diabo".

"O grupo atacou o homem e o feriu com uma facada na mão, antes de expulsá-lo do apartamento, mas ele tentou voltar e foi aí, que tomados pelo pânico, pularam pela janela", revelou Faivre.

No incidente, um bebê de quatro meses morreu e outras sete pessoas sofreram traumatismos múltiplos.

Homens por Laerte, sempre foda.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Artigo sobre hipertexto e o trabalho da Cia. Espaço em BRANCO que será apresentado no próximo congresso da ABRACE - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas


A imagem no teatro: considerações interdisciplinares do olhar e do sentir

Ângela Francisca Almeida de Oliveira
Mestre em Artes Cênicas - PPGAC/UFRGS
GT Teorias do espetáculo e da recepção
Comunicação oral

Resumo: Este artigo propõe reflexões sobre a imagem no teatro, suas especificidades e paradoxais implicações no contexto de espetáculos de linguagem híbrida de encenação. Através da ampla conceituação de imagem, abordaremos, sob a perspectiva da recepção, a concretização imagética no teatro em relação aos demais campos da arte. Traçaremos paralelos com o auxílio de teorias da percepção e do efetio estético, textos críticos e filosóficos, envolvendo, também, estudos teóricos representativos nas áreas do cinema e da literatura.

Palavras-chave: imagem, recepção, interdisciplinariedade, encenação
continue lendo aqui!

domingo, 17 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

Corrida pelo prêmio



Two scientists were racing
For the good of all mankind
Both of them side by side
So determined
Locked in heated battle
For the cure that is their prize
But it's so dangerous
But they're determined

Theirs is to win
If it kills them
They're just humans
With wives and children

Upwards to the vanguard
Where the pressure is too high
Under the microscope
Hope against hope

Forging for the future
But to sacrifice their lives
Both of them side by side
So determined

Theirs is to win
If it kills them
They're just humans
With wives and children

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O povo que ainda não existe

"A relação [entre os homens e a obra de arte é a] mais estreita possível e, para mim, a mais misteriosa. Exatamente o que Paul Klee queria dizer quando afirmava: 'Pois bem, falta o povo'. O povo falta e ao mesmo tempo não falta. 'Falta o povo' quer dizer que essa afinidade fundamental entre a obra de arte e um povo que ainda não existe nunca será clara. Não existe obra de arte que não faça apelo a um povo que ainda não existe." (Gilles Deleuze)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Comentário escrito por Luciano Alabarse no jornal "Usina do Porto"

Fui assistir “HOMEM QUE NÃO VIVE DA GLÓRIA DO PASSADO”, nova peça da Cia. Espaço em BRANCO, dirigida por João de Ricardo, e sai impressionado. Uma espetáculo para quem gosta de fazer e assistir teatro, uma proposta ousada, uma experiência teatral cativante. Não que o espetáculo seja perfeito ou não suscite polêmica. Muitos, talvez, rejeitem a estética e o conteúdo do trabalho. Outros vão adorar de paixão. O verdadeiro teatro é este mesmo, o que não deixa o espectador indiferente na cadeira, o que desperta entusiasmo e controvérsia, gente falando muito bem, gente abominando completamente. Salvo engano, foi o que aconteceu durante a primeira temporada.
Eu mesmo, antes de assistir a peça, já ouvira alguns comentários ácidos sobre o trabalho, gente indignada com o resultado cênico da experiência pilotada por João. Depois do espetáculo, ao cumprimentá-lo, senti que ele estava bagunçado com algumas manifestações violentamente contrarias. Não devia, pois há razões para isso, na minha opinião. Algumas características da cidade explicam parcialmente o repúdio a um trabalho muito sério e bem-vindo.
Porto Alegre é uma cidade conservadora. Com exceções de praxe, claro, gente que faz valer a pena viver aqui, parece que sempre estão nos cobrando atestado de bons antecedentes, enquadramento aos costumes médios do lugar. Sobressair na massa, parece, é ofensa pessoal. E nenhum teatro, nenhuma manifestação cultural está imune ao local onde é gerado. Há poucos dias, perplexo, acompanhei uma série de invectivas contra Nei Lisboa, por suas posturas em relação ao ranço na musica folclórica gaúcha. Caíram de pau em cima dele. E agora, por motivos confluentes, querem destruir o trabalho do João. Eu, que tento assistir o maior numero possível de espetáculos locais, posso garantir que, atualmente, há uma grande conformismo cênico norteando nossas estréias. Espetáculos que flertam descaradamente com a linguagem da televisão, a retirada estratégica de uma geração que durante muitos anos alimentou nossas temporadas com propostas provocantes, uma nova geração que, por isso mesmo, por ser nova, ainda procura espaço e afirmação – tudo isso, paradoxalmente, desemboca em alguns artistas transbordantes e inquietos, pois esses continuam a surgir, graças a Deus! João de Ricardo é o melhor exemplo do que eu falo. Há nele uma ânsia legítima de procurar sua identidade cênica, uma alma e artista inconformado com a caretice que marca nosso tempo, um excesso de quem ainda não domina completamente as ferramentas de sua criação teatral. Tudo isso não obscurece nem invalida sua trajetória, João é talentosíssimo diretor de teatro, o nome mais importante surgido em sua geração.
A cidade ainda vai ouvir falar muito dele. Muitos espetáculos ainda vão dar o que falar, encontrar resistência e narizes torcidos. Tomara que João não canse nem desista.  Tomara que compreenda  que todos os verdadeiros talentos, no seu tempo, pagam um preco alto para firmar sua personalidade e seu trabalho. Elis Regina, para mim a maior cantora brasileira de todos os tempos, durante anos foi acusada pelos críticos de ser uma cantora “fria”. Logo ela, a mais emocional das nossas estrelas. E muitos gaúchos adoravam falar mal de Elis, coisas estapafúrdias,  maledicências de todo tipo. Eu ficava doido com isso, queria chutar o balde e as canelas dessa gente. Com a devida ressalva de que sei muito bem a diferença entre um e outro, é o que sempre acontece quando um nome começa a se impor na cena local.
O escorpião porto-alegrense tem um veneno abundante, é poderoso, mas o tempo é senhor da razão – todos sabemos. E é na perspectiva do tempo que o trabalho do João irá se impor e se firmar. Muitos artistas promissores começam a se repetir, perdem o fôlego, vendem a alma ao diabo. Mas aposto que o caminho de João é outro, é o caminho daqueles que vieram para ficar e contribuir para alavancar nosso gosto e depuração. Oxalá!

Luciano Alabarse
Diretor de Teatro e Coordenador Geral do Festival Internacional Porto Alegre em Cena
Jornal Usina do Porto


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Esclarecendo publicamente o posicionamento da Cia. Espaço em BRANCO

Para esclarecer sobre o que versa os posts dos colegas diretores de teatro Roberto Oliveira e Gilberto Fonseca, a Cia. Espaço em BRANCO, em seu pronunciamento em vídeo na abertura do prêmio BRASKEM, mais uma vez arranhou o véu de silêncio propondo sugestões para a empresa ( e todo poder político presente naquela noite de premiação no Theatro São Pedro) de forma clara & tranquila.

São elas:

1- Criar vias de apoio direto, que não precisem passar por mega eventos. Apoio ao trabalho continuado de artistas, grupos, cias e coletivos. Apoio à criação de novos espetáculos. Apoio a iniciativas em arte educação.
2- Que todos os cachês dos participantes do POA em CENA sejam aumentados substancialmente ao invés de "premiar" um só espetáculo.

Partimos de um sentimento e uma vontade de LIBERDADE POSSÍVEL ativada na ARTE. Competir com os colegas nos parece completamente contraditório com nosso posicionamento ético-estético. Que o bem de um seja o de todos, merecemos trabalhar bem e ganharmos muito bem para tanto.
Merecemos que nossa visibilidade pública não passe por um mesmo circuito fechado de jurados (colegas altamente qualificados, o que está em jogo aqui não são as pessoas, mas os poderes (dinheiro & visibilidade) que estão em agenciamento através delas) que acabam, querendo ou sem querer, criando uma "agenda" estética para a cidade. Arte é multiplicidade. Salve os artistas. Salve as diferenças. Salve os colegas criadores. Saravá em ondas a quem ainda entende arte como AMPLI-Ação do HUMANO.

BrasKEM dois: COmentário do Gilberto Fonseca

Em Cena 2010

Fim do Porto Alegre em Cena 2010.

Acho que vários pontos positivos devem ser destacados e os responsáveis pelo sucesso parabenizados.
Gostei demais do que vi e li por lá, além de textos bem escritos, a participação da classe comentando os espetáculos foi bastante produtiva e não deveria ser esse hábito abandonado. Desconheço outro festival que proporcione esse tipo de discussão. Ponto altíssimo da organização do evento (quem sabe tal ideia não vire um livro ou uma revista no futuro?). A equipe técnica do Teatro de Câmara (vou falar deste pois é onde O Avarento se apresentou, mas acredito que os demais tenham mantido a média), nossa produtora de palco, Maura, e o pessoal da produção que entrou em contato conosco (Grupo Farsa) foi sempre claro, atencioso, educado e profissional. Parabéns a todos esses também.

Como aspectos a melhorar ou a serem observados pela direção do Em Cena chamo a atenção para o pouco público presente em alguns espetáculos do festival. O que teria acontecido? Lembro de que em outras edições os ingressos acabaram mais cedo e mesmo os espetáculos que não tinham lotação esgotada apresentavam bom público. Dessa vez, em pelo menos dois espetáculos que fui, a plateia estava a menos da metade da capacidade do teatro. Em outros, que acusavam ingressos esgotados, sobraram lugares. Ingressos demais distribuidos a gente que não vai? Entendo que haja a necessidade da cota dos patrocinadores, mas não deveriam estes confirmarem se vão ou não e os ingressos que sobrarem serem devolvidos à bilheteria?
Gostaria de destacar e somar forças a ideia de João de Ricardo de que o Prêmio Brasken adotasse outro formato, que a premiação em dinheiro destinada às categorias de ator, atriz, diretor e espetáculo fossem divididas entre os grupos selecionados, aumentando assim o cachê dos grupos locais (que é baixo). Pessoalmente não entendo a parte competitiva do festival como algo positivo (e isso não é choro de quem não ganhou nada, afinal participamos e participaremos de outros festivais competitivos), pois não acho que isso "case" com o Em Cena, afinal os outros espetáculos participantes (nacionais e internacionais) não competem entre si.
Acho, também, que os responsáveis pela seleção deveriam se pronunciar de alguma forma e justificar, por exemplo, a seleção de um espetáculo tão ruim como Dr. Jeckyl & Mr. Hyde (que foi alvo de severas críticas), ninguém entendeu como uma peça daquelas estava no Porto Alegre em Cena, sendo que faria feio em qualquer festival de teatro amador.

Sei que é fácil criticar quando não se está diretamente envolvido e não se conhece quase nada do trabalhão que é fazer funcionar um festival tão grande (e importante) quanto esse, mas entendam minhas observações como as de alguém que se orgulha desse evento e o admira muito.

Sinceros parabéns ao Luciano Alabarse, mentor e responsável por tudo isso.
Parabéns à Sandra Dani, homenageada.
A todos da equipe do festival e aos grupos locais, que fizeram bonito e, na maioria dos casos, apresentaram espetáculos tão bons (ou até melhores) que muitos dos convidados.

Que venha logo o próximo Em Cena (estarei na fila desde cedo).
PUBLICADO EM ADIOS MANDACHUVA

Sobre o Prêmio BRASKEM : COmentário do Modesto Fortuna (Roberto Oliveira)

BRASKEN DE MELHOR ATRIZ

FERNANDA PETIT foi escolhida a melhor atriz/bailarina da quarta edição do prêmio Brasken. Dez ou onze peças concorrem entre si, nas categorias melhor espetáculo, melhor diretor/coreógrafo , melhor ator/bailarino, melhor atriz/bailarina. e a Petit faturou, merecidamente, diga-se de passagem, o troféu de melhor atriz. 
Fiquei muito orgulhoso por ela  e por ter ela no espetáculo. Teve um longo momento em que o Marcelo Adams, que depois saiu da peça, dava o caminho da interpretação da peça. Daí, ele teve um acidente e ficou alguns ensaios de fora. A Petit foi quem assumiu a liderança. Quem parecia entender onde eu queria chegar e apontava o caminho da peça. Ela é, realmente, atriz e bailarina. A nossa bailarina sem uma perna que insiste em dançar. Parabéns, Petit.
Pra um projeto que eu nem sabia como começar até que estamos indo longe.
Quanto ao tal prêmio braskem, eu sou da opinião do João de Ricardo, e me senti uma besta não tendo falado isso no depoimento que, como participante, fui obrigado a conceder. Me senti constrangido a falar bem da Brasken. Mas, o João falou que prêmio em dinheiro oferecido pela referida empresa, deveria ser dividido entre os "competidores". Eu penso que a referida empresa e a direção do EmCena deviam colocar as dez peças selecionadas pela comissão do EmCena, como o que há de melhor na produção porto-alegrense ou gaúcha do ano em questão e pagar um cachê bem melhor para cada espetáculo. Um cachê de verdade. E, além disso, gostaria que cada peça fizesse pelo menos três apresentações, para que mais pessoas tivessem oportunidade de assistir as peças, valorizando mais os espetáculos locais, e também para que o cachê possa ser triplicado. 
Publicado em SOLOS TRáGICOS

sábado, 9 de outubro de 2010

"O que significa?"



"A interpretação, baseada na teoria extremamanete duvidosa de que uma obra de arte é composta de elementos de conteúdo, constitui uma violação da arte. Torna a arte um artigo de uso, a ser encaixado num esquema mental de categorias."

"Quando reduzimos a obra de arte ao seu conteúdo e depois interpretamos isto, domamos a obra de arte. A interpretação torna a obra de arte maleável, dócil."

"De fato, não estou dizendo que as obras de arte são inexprimíveis, que não podem ser descritas ou interpretadas. Podem sê-lo. A questão é como."

"Em uma cultura como a nossa, baseada no excesso, na superprodução; a consequência é uma perda constante de acuidade da nossa experiência sensorial. Todas as condições da vida moderna - sua plenitude material, sua simples aglomeração - combinam-se para embotar nossas faculdades sensoriais." (Susan Sontag)

Isto não é um cachimbo



"Apreende-se o privilégio da similitude sobre a semelhança: esta faz reconhecer o que está muito visível; a similitude faz ver aquilo que os objetos reconhecíveis, as silhuetas familiares escondem, impedem de ver, tornam invisíveis [...]. A semelhança comporta uma única asserção, sempre a mesma: isto, aquilo, aquilo ainda, é tal coisa. A similitude multiplica as afirmações diferentes, que dançam juntas, apoiando-se e caindo umas em cima das outras." (Michel Foucault)

Conteporaneidade ignorante

Revista Veja:







"Arte: no mercado atual, a criatividade vale menos do que a ousadia comercial de artistas, marchands e colecionadores. As vendas milionárias são apresentadas como 'gestos de arte conceitual'. O mercado da arte mudou, está mais volúvel e, convenhamos, mais ignorante. Hoje há menos gente interessada em quadros do século XVI do que em trabalhos contemporâneos." (Mario Mendes/Veja)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010