sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pontos gravitacionais



"Para mim já não existe uma necessidade tão premente de ser obrigatoriamente inovador. Não tenho a certeza de que ser 'novo', apresentar sempre um trabalho original, seja forçosamente o que conta. Já não estou seguro da importância da originalidade. Na minha música atravesso o mesmo debate que, por exemplo, acontece na pintura: o confronto entre a vanguarda e os figurativos. Será que, nestes tempos confusos, é mais importante propor permanentemente declarações de originalidade ou apresentar antes ideias de fundo sólidas e agarrarmo-nos a elas? Infelizmente, eu vacilo entre uma posição e outra. Não adoptei uma atitude de força para um dos lados. Porque, sendo o liberal que sou, agradam-me ambas as posições, sou capaz de entender os dois lados da discussão. (...) Acabo por ficar um pouco em equilíbrio entre os dois." (David Bowie a João Lisboa)

"Habitualmente não ligo ao que se passa no interior do mainstream. No momento em que alguma coisa gravita para o centro, tende a cair sob a sua tirania, perde poder e é assimilada e dissipada nesse processo. Os elementos de informação cultural realmente interessantes tendem sempre a flutuar na periferia do mainstream. E sempre foi essa a área cultural que me interessou." (David Bowie a João Lisboa)

Um comentário:

  1. interessante, bem interessante, apesar dele ser 100% mainstream, mas fazer o que quer dentro dele, próximo ao centro, ou mesmo gerando um centro

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